Olimpia 0x1 Cruzeiro - 04/11/1992
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Por Supercopa Libertadores | |||
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No estádio Defensores del Chaco | |||
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Contra Olimpia | |||
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Data: quarta-feira, 4 de novembro de 1992 às 22:00
Local: Assunção, Paraguai
Estádio: Defensores del Chaco
Árbitro: Jorge Orellana
Assistente 1: Alfredo Rolas
Assistente 2: Hilton Villavicencio
Público pagante: 23.667
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: $ 169.567.000,00 R$ 169.567.000 <br />Cr$ 169.567.000 <br />NCr$ 169.567.000 <br />Cz$ 169.567.000 <br />NCz$ 169.567.000 <br /> (preço médio: $ 7.164,70 )
Olimpia
1. Sergio Goycochea
2. Virginio Cáceres
3. Mário Ramírez
13. Celso Ayala 1'(2T) ( 21. Miguel Ángel Sanabria )
4. Silvio Suárez
8. Adolfo Jara Heyn
6. Vidal Sanabria
24. Romerito
19. Mauro Caballero 1' (2T) ( 11. Adriano Samaniego )
7. Gabriel González
9. Raúl Amarilla
Técnico: Roberto Perfumo
Cruzeiro
1. (T) Paulo César Borges
2. (T) Paulo Roberto
4. (T) Célio Lúcio
15. (T) Arley
6. (T) Nonato
8. (T) Douglas
21. (T) Rogério Lage
17. (T) Luís Fernando Flores 35' (1T) 31' (2T) ( 16.(R) Édson )
9. (T) Betinho
7. (T) Renato Gaúcho
11. (T) Roberto Gaúcho
Técnico: Jair Pereira
Olimpia
12. Ricardo Tavarelli
5. Isidro Nuñez
10. Jorge Campos
Cruzeiro
12. (B) Gilberto Carlos
13. (B) Zelão
14. (B) Cleison
23. (B) Toto
Uniforme do jogo[editar]
Pré-Jogo[editar]
Depois de passar pelos campeões da Colômbia e da Argentina, Atlético Nacional e River Plate, respectivamente, o próximo adversário do Cruzeiro foi o Olimpia, do Paraguai. O "Rei de Copas" como era chamado em seu país, havia passado pelo Colo Colo, nas oitavas, e surpreendido o poderoso São Paulo, atual campeão da Libertadores, nas quartas de final. O treinador Jair Pereira já sabia como jogavam os paraguaios. Ele acompanhou a final da Copa Conmebol, no Mineirão, entre Olimpia e Atlético e viu o atacante Amarilla jogar muito mal. No entanto, viu o mesmo centroavante se redimir nos confrontos contra o São Paulo, pela na Supercopa, quando marcou dois gols, que deu a classificação ao Olimpia. A primeira partida das semifinais foi marcada para o Defensores del Chaco. "Temos que estar preparados para o clima de guerra. O estádio deles não oferece muita segurança e favorece o jogo de abafa que eles sempre fazem quando jogam lá", alertava o técnico Jair Pereira. "O Olimpia é rápido e perigoso nas jogadas de contra ataque. Vamos marcar em bloco para fechar os espaços deles", avisava. O Cruzeiro teria os desfalques de Luizinho e Boiadeiro, que cumpririam a suspensão automática. Assim o zagueiro Arley Álvares, de 20 anos, entraria no time para reeditar a dupla de zaga da equipe júnior com Célio Lúcio. Para a vaga de Boiadeiro, Jair Pereira optou em colocar o volante Rogério Lage, ao invés do meia-atacante Cleison.
Lance a lance[editar]
Primeiro Tempo[editar]
O Cruzeiro dominou o primeiro tempo da partida e não deu espaços para o Olimpia, que teve apenas uma boa chance com Caballero, aos 19 minutos. Renato Gaúcho perdeu duas boas chances. Na primeira, aos quatro minutos, ele cabeceou por cima um cruzamento na medida de Paulo Roberto. A outra ele apanhou um rebote do goleiro Goycochea e acertou a trave direita.
O Cruzeiro abriu o placar aos 32 minutos, com Luiz Fernando que aproveitou um cruzamento de Nonato pelo lado esquerdo. Antes do gol, o goleiro Goycochea havia feito uma grande defesa numa cabeçada de Luiz Fernando, após outro cruzamento de Paulo Roberto.
Segundo Tempo[editar]
O Olimpia voltou para o segundo tempo querendo achar o gol de empate na base do abafa. Os paraguaios chegaram várias vezes com perigo em bolas aéreas. Numa delas um rebote sobrou para Samaniego, mas Nonato salvou em cima da linha. O Cruzeiro suportou a pressão e depois passou a encaixar contra-ataques perigosos. Num deles Renato Gaúcho tocou para Roberto Gaúcho que perdeu uma chance incrível na cara do gol. Em outro lance, Édson lançou Roberto Gaúcho livre na esquerda. Mas, ao invés de tocar para Renato na área, ele preferiu concluir, mas acabou chutando por cima. "Tentaram nos menosprezar. Acredito que agora eles tem outra opinião a respeito do Cruzeiro", disse o lateral direito Paulo Roberto, assim que desembarcou em Belo Horizonte. Ele se referia aos comentários da imprensa paraguaia que colocava o Cruzeiro, como inferior aos outros adversários enfrentados pelo Olimpia: o São Paulo e o Colo Colo. Consideravam o Cruzeiro defensivo e os outros ofensivos. E Paulo Roberto tinha razão. As manchetes dos principais jornais reverenciaram o bom futebol do Cruzeiro. O Jornal Hoy estampou a manchete: "A história se repetiu: Cruzeiro dobra o Olimpia". Referia-se a eliminação que o Cruzeiro impôs aos paraguaios na semifinal da Supercopa de 1991. "Fecharam-se todos os caminhos para o Rei", completava a matéria. O descrédito quanto a uma reviravolta na classificação foi grande. O Notícias estampou: "Olimpia vai ao Brasil em busca de um milagre". Já o ABC Color fazia um trocadilho entre o Cruzeiro e a desvalorizada moeda brasileira e a sina dos paraguaios contra o time estrelado na Supercopa: "Diante do Olimpia, o Cruzeiro sempre está em alta". Só não convenceram o treinador Perfumo, que ainda acreditava numa reviravolta. "Foi nossa pior partida do ano, mas assim como eles venceram aqui, nós podemos ganhar lá", avisava. Na Toca da Raposa, os jogadores comemoravam o resultado e o "esquema matador" do treinador Jair Pereira. "No Mineirão a marcação forte será mantida", prometeu o técnico. A estratégia do treinador foi endossada pelo atacante Betinho. "O Olimpia não parte para cima, eles ficam tocando a bola em seu campo defensivo e quando menos se espera partem em contra-ataques. Não podemos deixá-los jogar. Eles não podem nem pensar", declarou.
Vídeos[editar]
Fonte[editar]
- Blog Almanaque do Cruzeiro (desativado)
- Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1921-2013- RIBEIRO, Henrique - Caxias do Sul-RS: Editora Belas Letras Ltda., 2014. 405