Marcelo Kiremitdjian
Marcelo Kiremitdjian, mais conhecido como Marcelo Djian, atuou no Cruzeiro na diretoria e como jogador (zagueiro).
Diretoria[editar]
Marcelo Djian foi diretor de futebol do Cruzeiro entre 17 de dezembro de 2017, quando a diretoria recém-eleita tomou posse[1] até o dia 1 de janeiro de 2019[2]
Entrou com ação na Justiça do Trabalho contra o Cruzeiro no final de 2021. No final de junho de 2022 recebeu sentença da Justiça do Trabalho e foi condenado a pagar R$1.265.000 ao ex-diretor. Na ação, Djian narra que recebia vencimentos de R$ 120 mil mensais. Na rescisão contratual, o Cruzeiro se comprometeu a pagar R$ 984.178,68, sendo R$ 624.354,68 de verba rescisória e a outra parte entre salários atrasados (outubro e novembro), 13º e férias. O Cruzeiro também se comprometeu a realizar os depósitos das parcelas de FGTS em atraso, entre abril e dezembro de 2019 que, somadas, chegavam a R$ 242.981,04. O clube pagou apenas duas delas, segundo a defesa. Djian cobra o pagamento, além desses valores, de multas previstas no contrato de rescisão com o Cruzeiro, além de multas previstas na CLT. O Cruzeiro pôde recorrer da sentença[3].
Histórico[editar]
Veja entrevistas deste período: Entrevistas de Marcelo Djian
Títulos[editar]
Jogador[editar]
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Marcelo Kiremitdjian | |
Data de nasc. | 06/11/1966 (58 anos) | |
Local de nasc. | ||
Posição | Zagueiro | |
Jogos | 182 (Oficiais: 175 / Amistosos: 7) | |
Gols | 5 (0 P, 0 F) | |
Elenco atual? | Não | |
Resultados em campo | ||
95 V - 51 E - 36 D | ||
Primeiro jogo | ||
Uberaba 3x5 Cruzeiro - 29/01/1998 | ||
Primeiro Gol | ||
Cruzeiro 3x1 Corinthians - 31/03/1998 | ||
Último jogo considerado | ||
Emelec 0x0 Cruzeiro - 17/04/2001 |
Marcelo Djian é um ex-jogador que atuou no Cruzeiro entre os anos de 1997 e 2001. Esta foi a primeira passagem dele no Clube: 16 anos depois assumira o cargo na diretoria celeste.
Biografia[editar]
Paulistano de ascendência armênia, iniciou nas categorias de base do Corinthians, onde foi campeão paulista e brasileiro (o primeiro do clube, em 1990). Em 1993, foi transferido ao Lyon, da França, sendo um dos primeiros brasileiros a atuar neste clube.
Retornou ao Brasil em 1997, como jogador do Cruzeiro. Ali, para evitar confusão com o colega Marcelo Ramos, adicionou o "Djian", abreviação de seu sobrenome armênio, ao seu nome futebolístico. Foi vice-campeão brasileiro em 1998 pela Raposa, curiosamente, contra o Corinthians, recebendo naquele ano sua segunda Bola de Prata (a primeira ele obteve em 1990, como jogador do time paulistano).
Posteriormente faturaria um estadual e a Copa do Brasil 2000. Em 2001, trocou o clube azul pelo rival local, sem o mesmo sucesso. Aposentou-se no clube em 2003, posteriormente tornando-se representante de sua ex-equipe do Lyon no Brasil.
Dados por ano[editar]
Confrontos como jogador adversário[editar]
Enfrentou o Cruzeiro 13 vezes: 4 V, 7 E, 2 D. Marcou 0 gols.
Jogos[editar]
- Cruzeiro 1x1 Corinthians - 11/12/1988 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Copa Brasil 1988
- Corinthians 0x1 Cruzeiro - 04/11/1989 - (Morumbi / São Paulo) - Campeonato Brasileiro 1989
- Corinthians 0x1 Cruzeiro - 25/08/1990 - (Pacaembu / São Paulo) - Campeonato Brasileiro 1990
- Corinthians 1x1 Cruzeiro - 24/02/1991 - (Pacaembu / São Paulo) - Campeonato Brasileiro 1991
- Corinthians 3x1 Cruzeiro - 22/03/1991 - (Pacaembu / São Paulo) - Copa do Brasil 1991
- Cruzeiro 0x1 Corinthians - 11/04/1991 - (Independência / Belo Horizonte) - Copa do Brasil 1991
- Corinthians 0x0 Cruzeiro - 12/03/1992 - (Pacaembu / São Paulo) - Campeonato Brasileiro 1992
- Cruzeiro 1x3 Corinthians - 20/06/1992 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Brasileiro 1992
- Cruzeiro 0x2 Corinthians - 07/09/1993 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Brasileiro 1993
- Cruzeiro 2x2 Atlético-MG - 06/10/2001 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Brasileiro 2001
- Atlético-MG 1x1 Cruzeiro - 23/02/2002 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Copa Sul-Minas 2002
- Atlético-MG 1x1 Cruzeiro - 21/04/2002 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Copa Sul-Minas 2002
- Cruzeiro 1x1 Atlético-MG - 28/04/2002 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Copa Sul-Minas 2002
Títulos[editar]
- Recopa Sul-Americana: 1998
- Copa do Brasil 2000
- Campeonato Mineiro 1998
- Copa dos Campeões Mineiros 1999
Individual[editar]
- Bola de Prata: 1998
Entrevistas[editar]
SuperEsportes em 3 de novembro de 2017[editar]
Trechos da entrevista concedida ao Rafael Arruda do SuperEsportes.[4]
- Como foi o acerto com o Cruzeiro?
- “Nos últimos anos, sempre que havia a saída de um diretor, o pessoal colocava meu nome, me convidava, mas nunca tinha vindo um convite diretamente do presidente. Dessa vez veio o convite por meio do Itair Machado, que me ligou uns quatro dias antes da eleição e disse: ‘estamos concorrendo, temos boas chances de ganhar. Quero saber se você gostaria de ser diretor’. Disse a ele para aguardar a eleição, que não daria para conversar nada mais avançado, mas que me interessava sim. Se o presidente ganhasse, a gente voltava a se falar. Foi isso que aconteceu. Nós conversamos e nos acertamos. Só aguardamos a transição definitiva com o presidente, pois o Klauss e o Tinga estão no cargo, são profissionais e precisam ser respeitados. O próprio Klauss se colocou à disposição para me ajudar no que for necessário para essa transição. O ano de 2018 será muito corrido. Terá a Copa Libertadores, vamos ver quem fica, quem sai, quem será contratado. Agora sim podemos conversar mais abertamente sobre essas contratações”.
- Qual será o cargo exato no clube?
- “Conversamos pouco sobre isso. A princípio, devo abranger as duas funções (diretor e gerente de futebol). Isso vai depender do dia a dia. Se o clube achar necessário a contratação de uma outra pessoa, vai ser visto quando começarmos a trabalhar. Mas a princípio seria o de diretor de futebol, mas fazendo o que o Tinga faz também”.
- O que há de semelhante entre a experiência como representante do Lyon e o trabalho futuro no Cruzeiro?
- “Não é muito diferente. Eu analisava jogadores e via os jogos. Hoje, na minha função, tenho que fazer isso também e prestar atenção até mesmo nos adversários, quem tem qualidade, quem futuramente poderá ser contratado. Fui capitão nos clubes que joguei: no próprio Cruzeiro, no Corinthians, no Lyon, no Atlético. Sempre fiz parte das lideranças do grupo. Você tem que ter a tranquilidade para analisar cada pedido e resolver os problemas que têm. Nas contratações, é errar o mínimo possível. Às vezes o sucesso do jogador depende de detalhes, como a mudança de cidade, de posição, de ambiente, de um clube com estrutura. E o Cruzeiro tem uma base muito boa, tanto que ganhou a Copa do Brasil e está bem no Brasileiro”.
- Com a sua chegada ao Cruzeiro, a função de agente esportivo deixará de ser exercida?
- “Cancelei minha licença. Tive que fazê-la em 2003 a pedido do presidente do Lyon. Primeiramente fiz a licença por causa disso. Fiz algumas negociações com outros clubes da França, mas principalmente com o Lyon. Mas quando recebi o convite, cancelei o registro por meio de uma carta enviada à Confederação Brasileira de Futebol. Trabalho para o Cruzeiro, não me sentiria bem em conciliar as duas coisas”.
- O quão foi importante manter o técnico Mano Menezes no Cruzeiro?
- “Foi muito importante a renovação de contrato com o técnico Mano Menezes. Ele conhece todo o elenco, já sabe os detalhes de cada jogador. Um novo treinador poderia trazer um atraso, sobretudo na forma de jogar”.
- Como será a montagem do grupo para a Copa Libertadores de 2018?
- “O Cruzeiro tem um elenco bom. Tem uma base muito boa. Vamos conversar com o Mano e ver o que ele acha, pois ele está no dia a dia e sabe o que é melhor para a equipe. A conversa com a comissão técnica é essencial. Depois que está com o grupo formado, é saber que a Libertadores tem um nível de dificuldade mais alto que o Brasileiro. Os clubes argentinos, equatorianos e colombianos vão bem principalmente contra os brasileiros. Quando ainda disputavam a competição, os mexicanos também criavam dificuldades. A Libertadores tem um ritmo forte também na parte de arbitragem. Não é qualquer falta que os árbitros marcam, deixam o jogo correr. Temos que olhar tudo isso para fazer o planejamento”.
- Há alguma carência já detectada no elenco?
- “Não sentei para conversar com o Mano ainda. Quando estive em Belo Horizonte, o Mano estava se recuperando do tratamento de pele que fez em São Paulo. Só tenho conversado com o Itair. Vou a Belo Horizonte na semana que vem para fazer a transição. Aí vamos discutir quais as posições que o Mano quer reforçar o time para o ano que vem”.
Coletivas[editar]
Fontes[editar]
Referências[editar]
- ↑ Novo presidente toma posse no Cruzeiro e exibe confiança, mas prevê 'ano difícil' Esportes - Estadão
- ↑ Em busca de diretor, Cruzeiro define saída de Marcelo Djian do futebol
- ↑ Cruzeiro recebe condenação de R$ 1,26 milhão em ação de ex-diretor Marcelo Djian
- ↑ Experiência no Lyon, perfil de liderança e planejamento: ex-capitão Marcelo Djian fala sobre volta ao Cruzeiro, agora como diretor SuperEsportes