Fluminense 1x3 Cruzeiro - 23/11/1966
Confrontos (clique no jogo para navegar) | |||
---|---|---|---|
Por temporada | |||
| |||
Por Taça Brasil | |||
| |||
No estádio Maracanã | |||
| |||
Contra Fluminense | |||
|
[edit]
Data: quarta-feira, 23 de novembro de 1966 às 21:00
Local: Rio de Janeiro, RJ
Estádio: Maracanã
Árbitro: Joaquim Gonçalves da Silva
Assistente 1: Cláudio Magalhães
Assistente 2: José Teixeira de Carvalho
Público pagante: 22.272
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: Cr$ 42.251.980,00 R$ 42.251.980 <br />Cr$ 42.251.980 <br />NCr$ 42.251.980 <br />Cz$ 42.251.980 <br />NCz$ 42.251.980 <br /> (preço médio: Cr$ 1.897,09 )
Fluminense
1. Jorge Vitório
2. Oliveira
3. Caxias
4. Altair
5. Bauer
6. Roberto Pinto
7. Jardel ( Samarone )
8. Lula
9. Walmir
10. Jorge Luís
11. Gílson Nunes
Técnico: Tim
Cruzeiro
1. (T) Raul
2. (T) Pedro Paulo
3. (T) William
4. (T) Procópio
5. (T) Neco
6. (T) Piazza
44' (2T)
7. (T) Dirceu Lopes
8. (T) Tostão
9. (T) Natal
10. (T) Evaldo
13' (1T)
5' (2T)
11. (T) Dalmar
27' (1T)
( (R)
Wilson Almeida )
Técnico: Airton Moreira
O jogo[editar]
Tim era um treinador cheio de idéias. Dessa vez, recuou o ponta-esquerda Lula para reforçar o meio de campo formado por Jardel e Roberto Pinto na luta contra o tripé celeste.
Bom para Pedro Paulo que pôde atacar e até chutar em gol.
Mas o primeiro ataque foi tricolor. A um minuto, Lula foi derrubado por William quase na risca da grande área. O ponteiro bateu e Raul fez uma defesa espetacular.
Passado o susto, o Cruzeiro tomou conta do jogo. Nem a cancha escorregadia, devido às chuvas, impediu o toque de bola envolvente do time mineiro.
Aos 13, Piazza passou a Evaldo, que arrancou de sua intermediária e, mesmo perseguido por um bando de tricolores, teve tranqüilidade para tocar de leve na saída de Jorge Vitório: 1×0.
O Fluminense apavorou-se. O Cruzeiro aproveitou para se impor.
Contundido, Hilton Oliveira não viajou ao Rio.
Dalmar, seu substituto, mais lento, porém grande chutador, foi quem fez 2×0, aos 27 minutos. Evaldo tabelou com Natal que levantou a bola sobre a área. Dalmar chutou e Jorge Vitório deu rebote. O ponteiro tornou a chutar e marcou.
Nas tribunas, Murgel esbravejou pedindo a marcação de um toque de mão do autor do gol.
No final do jogo, Joaquim Gonçalves, atleticano notório, portanto, insuspeito, explicou: “Foi bola na mão e não mão na bola.”
Indiferente ao nervosismo dos cariocas, o Cruzeiro continuou passeando na cancha pesada do maior estádio do mundo.
Embora tenha dominado o jogo na etapa inicial, o time celeste não agradou a seu treinador.
No intervalo, Aírton Moreira trocou Dalmar por Wilson Almeida, que foi jogar na ponta direita mandando Natal para a esquerda.
No Flu, Samarone substituiu Jardel. Tim abriu o meio de campo e mandou o time para o tudo ou nada. Deu nada.
Piazza, Dirceu e Tostão continuavam controlando o jogo e servindo a Evaldo, que atuava pela segunda vez contra seu ex-time.
E foi o centroavante que, aos 5, liquidou a fatura. Wilson Almeida serviu Tostão que atirou forte. Jorge Vitório largou a bola e Evaldo fez 3 x 0.
Daí em diante, a torcida pode se deleitar com o espetáculo do finíssimo toque de bola da Academia Celeste.
Quem desafinou foi Procópio que trocou pontapés com Samarone e foi expulso aos 25 minutos.
A noite era mesmo azul e branca. Até o gol de honra tricolor foi marcado pelo Cruzeiro. Aos 44, Gilson Nunes cruzou da esquerda e Piazza, substituindo Procópio na quarta zaga, tentou cortar e fez um autogol de cabeça.
O Diário da Tarde de 24 de novembro estampou: “Cruzeiro fez o até o gol do Fluminense”.
Time perfeito? Não para seu treinador que, depois do jogo, reclamou:
- “Estamos satisfeitos, mas devemos dizer que o Cruzeiro não jogou tudo o que sabe e pode”.
Fontes[editar]
- Antigo Blog Páginas Heróicas Digitais