Dirceu Lopes Mendes

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube

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Dirceu Lopes
Dirceu Lopes.png
Informações pessoais
Nome completo Dirceu Lopes Mendes
Data de nasc. 03/09/1946 (78 anos)
Local de nasc.

Pedro Leopoldo

Altura 1,62 m
Apelido Príncipe do Futebol
Número 10
Posição Meia
Jogos 610
Gols 223 (1 P, 0 F)  
Twitter @dirceulopesc10
Elenco atual? Não
Resultados em campo
351 V - 150 E - 97 D
Primeiro jogo
Cruzeiro Escudo Cruzeiro BH.png 1x1 Escudo América-MG 2016.png América-MG - 13/03/1963
Primeiro Gol
Villa Nova-MG Escudo Villa Nova-MG.png 2x2 Escudo Cruzeiro BH.png Cruzeiro - 26/05/1963
Último jogo considerado
Cruzeiro Escudo Cruzeiro BH.png 0x2 Escudo Atlético-MG 1970.png Atlético-MG - 27/03/1977

Dirceu Lopes Mendes, mais conhecido como Dirceu Lopes e como Príncipe do Futebol, é um ex-jogador que fez história no Cruzeiro e é considerado como um dos maiores do Clube. Ele é o segundo jogador que mais fez gol e o terceiro jogador que mais vestiu a camisa celeste.

Ele foi o grande nome no triunfo do Cruzeiro sobre o Santos, de Pelé e Pepe, na final da Taça Brasil em 1966, quando marcou três dos seis gols da vitória celeste por 6×2.

Natural de Pedro Leopoldo, nasceu no dia 25 de julho de 1964, mas só foi registrado em 3 de setembro porque, segundo ele, o cartório de Pedro Leopoldo era longe de onde morava. Desde novo já mostrava seu talento no futebol de rua. Ídolo do Cruzeiro, o jogador por pouco não defendeu o Atlético-MG.

Em 2013, Dirceu Lopes foi agraciado com a Bola de Ouro de 1971, ano em que teve a melhor média de notas entre todos os jogadores do Campeonato Brasileiro.[1]

No dia 19 de junho de 2020, foi anunciado para trabalhar na categoria de base do Cruzeiro[2][3][4].

No dia 7 de junho de 2024, o Cruzeiro fez uma homenagem a Dirceu Lopes ao inaugurar um campo sintético na Toca I com o nome do jogador[5][6][7].

História[editar]

Descoberta[editar]

O Atlético-MG foi campeão Mineiro em 1963 e iria receber a faixa num jogo contra o time de Pedro Leopoldo. Na partida preliminar, entre os times juvenis das duas equipes, Dirceu Lopes foi convidado a defender o time de sua cidade. Quando acabou o primeiro tempo, já estava pronto para ser substituído, mas o técnico da equipe atleticana pediu para que ele jogasse a segunda etapa afim de observá-lo melhor. No fim do jogo, técnico do Atlético-MG perguntou se ele gostaria jogar no clube alvinegro e obteve uma resposta positiva. Alguns dias depois, um dirigente do Cruzeiro convidou o talentoso garoto para jogar no clube e, sem pensar duas vezes, Dirceu disse que sim. Assim começava a ser escrita a história do Príncipe do Futebol com a camisa celeste.

Estreia[editar]

Quis o destino que sua estreia fosse, justamente, contra o Atlético-MG, em 1964. O jogo, que terminou em 1×1, foi seu primeiro ao lado de Tostão. Ao longo de sua carreira, Dirceu marcou 11 gols contra o rival Atlético-MG pelo Cruzeiro.

Carreira[editar]

A cada partida, Dirceu mostrava seu futebol de alta velocidade, dribles desconcertantes e chutes colocados. Conquistou, muito rápido, o carinho dos torcedores cruzeirenses.

No dia 5 de setembro de 1965, Seleção Mineira e River Plate faziam a inauguração do Mineirão. Dirceu Lopes deu o passe para o primeiro gol do estádio, que foi marcado pelo atacante Buglê. Ele tinha 19 anos na época.

O maior momento de sua carreira ocorreu no fantástico ano de 1966, quando um time cheio de garotos parou atletas campeões do mundo. Era a final da Taça Brasil entre Cruzeiro e Santos. Depois de conquistar o Campeonato Mineiro daquele ano, na qual foi artilheiro com 18 gols, Dirceu Lopes, ao lado de Tostão, Natal e Piazza, tinha como desafio enfrentar o Santos de Pelé, Coutinho e Pepe.

O jogo tinha tudo para ser mais um show do time santista, mas, em noite mágica, Dirceu marcou três gols e foi o grande destaque da partida, que terminou em 6×2. No jogo de volta, Dirceu marcou mais um e o time celeste venceu mais uma vez, agora por 3×2. Depois daquela final, Dirceu Lopes passou a ser reconhecido e respeitado e o Brasil percebeu que havia bom futebol fora do eixo Rio-São Paulo.

Seleção[editar]

Presente na maioria das convocações para os jogos antes da Copa do Mundo de 1970, que seria disputada no México, Dirceu Lopes teve uma péssima surpresa quando João Saldanha deixou o comando da Seleção Canarinho. João Saldanha era um dos maiores fã do futebol de Dirceu Lopes. Durante o tempo em que comandou a seleção, afirmava ao próprio jogador que o time era “ele e mais 10”, não importando a opinião da imprensa. Infelizmente para Dirceu, o técnico foi dispensado por não ceder à pressão do então presidente Médici pela convocação de Dadá Maravilha, que defendia o Atlético-MG, para a Copa.

Com Zagallo à frente da seleção, Dirceu foi cortado dias antes da competição por já haver “muitos jogadores para a sua posicao” e Dadá Maravilha, de acordo com a vontade de Médici, foi convocado. Ademir da Guia, ídolo palmeirense nos anos 60 e 70, disse que Dirceu Lopes merecia mais do que ele ir para a Copa do Mundo do México. Na época, o time do Brasil contava com Rivelino, Gérson, Pelé, Jairzinho e Tostão, seu companheiro de clube.

Dirceu Lopes só voltaria à Seleção integrando o grupo que conquistou a Taça Independência, em 72. Mesmo assim, não teve grandes oportunidades para mostrar seu futebol.

A carreira de Dirceu não teve só alegrias. No Mundial de 1976, Cruzeiro e Bayern de Munique se enfrentaram na final. Com Beckenbauer, Gerd Müller, Maier e Rummenigge, o time alemão era a base da seleção nacional, campeã do mundo em 1974. Dirceu Lopes não jogou a primeira partida, disputada na Alemanha, na qual o time celeste perdeu por 2×0. No Mineirão, mesmo atacando mais, os donos da casa empataram em 0x0 e viram a equipe bávara comemorar o título.

Dirceu Lopes participou dos dois maiores times do Cruzeiro de todos os tempos. Nos anos 60, comandava o esquadrão azul junto com Tostão, Fontana, Natal, Piazza, Zé Carlo, Procópio, Hilton e Raul Plassmann. Nos anos 70, junto com Joãozinho, Palhinha, Nelinho, Jairzinho e Roberto Batata, continuou dando show.[8]

Números por ano[editar]

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    Temporada Jogos Titular Reserva Banco Gols Gol aos do Cartões Cartão amarelo recebido aos Cartões Cartão vermelho recebido aos
    1973 69 69 0 0 29 0 0
    1967 57 57 0 0 16 0 0
    1974 57 57 0 0 19 0 1
    1971 56 56 0 0 22 0 1
    1970 53 53 0 0 21 0 0
    1972 50 50 0 0 18 0 0
    1968 46 44 2 0 14 0 0
    1969 46 46 0 0 25 0 0
    1966 42 41 1 0 24 0 0
    1965 40 40 0 0 13 0 0
    1975 32 32 0 0 12 0 0
    1977 17 17 0 0 0 0 0
    1963 14 9 5 0 5 0 0
    1964 14 12 2 0 2 0 1
    1976 5 4 1 0 1 0 0

Números históricos[editar]

  • Dirceu Lopes é o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do Cruzeiro: 610 jogos.
  • É também o segundo maior artilheiro da história do Cruzeiro com 223 gols.
  • Foi o sócio número 40.000 no dia 31 de outubro de 2013.[9]


Títulos[editar]

Individuais[editar]

Vídeos[editar]

Resenha de Boleiro
Participação do 98 Futebol Clube
Dirceu visita a Toca II
6 golaços do Dirceu

Referências[editar]