Cruzeiro 4x1 River Plate - 21/07/1976
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Por Copa Libertadores da América | |||
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No estádio Mineirão | |||
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Contra River Plate | |||
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Data: quarta-feira, 21 de julho de 1976
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão
Árbitro: Vicente Llobregat Vicedo
Assistente 1: Roque Cerullo
Assistente 2: Edison Pérez
Público pagante: 58.720
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: Cr$ 1.633.680,00 R$ 1.633.680 <br />Cr$ 1.633.680 <br />NCr$ 1.633.680 <br />Cz$ 1.633.680 <br />NCz$ 1.633.680 <br /> (preço médio: Cr$ 27,82 )
Cruzeiro
1. (T) Raul
9. (T) Nelinho 21' (1T)
3. (T) Moraes
12. (T) Darci Menezes
6. (T) Vanderlei
13. (T) Piazza 17' (2T) ( 20.(R) Waldo 35' (2T) )
8. (T) Zé Carlos
11. (T) Eduardo Amorim 23' (2T) ( 16.(R) Ronaldo Drummond )
7. (T) Jairzinho
5. (T) Palhinha 29' (1T) 40' (1T)
10. (T) Joãozinho
Técnico: Zezé Moreira
River Plate
1. Ubaldo Fillol 35 (1T) ( Luis Landaburu )
2. Pablo Comelles
3. Roberto Perfumo
4. Daniel Lonardi
5. Héctor López
6. Juan José López
7. Reinaldo Merlo
8. Alejandro Sabella
9. Pedro González
10. Leopoldo Luque
11. Oscar Más 18' (2T) P
Técnico: Ángel Labruna
Resumo do Jogo[editar]
Finalmente, na quarta-feira, 21jul76, o Mineirão recebeu pela primeira vez na sua história uma final de Libertadores. Diante de mais de 58 mil pagantes, Cruzeiro e River Plate começaram uma das mais espetaculares finais do torneio.
Belo Horizonte viveu intensamente o clima da partida. Na entrada do estádio, a Rádio Itatiaia distribuiu panfletos com a letra do Hino Nacional e seu comentarista, Osvaldo faria, pediu que a torcida o cantasse como faziam as hinchadas dos países vizinhos.
E o Mineirão cantou em uníssono. E só atravessou no verso “Onde a imagem do Cruzeiro resplandece”, que não foi cantado, mas gritado. E com os tambores da torcida marcando o ritmo para o potente naipe de sopros da Banda da Polícia Militar.
O Cruzeiro começou pressionando, partindo pro ataque. Desfalcado de Daniel Passarella e Beto Alonso, o River se fechou na defesa tentando contra-atacar, sem muito sucesso. Nos primeiros minutos, utilizou a linha de impedimento. Quando ela não resolvia, seus defensores recorriam às faltas.
Na primeira delas, Fillol não quis barreira e teve que se esticar pra espalmar a cobrança de Nelinho. Aos 21, Zé Carlos lançou Palhinha, que ganhou na corrida de Perfumo e foi derrubado na entrada da área. Dessa vez, Fillol montou a barreira com seis jogadores, mas Nelinho soltou uma bomba indefensável e a bola entrou no canto esquerdo do goleiro.
Aos 29, Joãozinho desarmou JJ López na intermediária, tabelou com Palhinha, passou por Roberto Perfumo e cruzou. A bola saiu alta, Palhinha só conseguiu raspá-la com a cabeça deixando pra Eduardo Amorim a tarefa de recolhê-la, driblar Héctor López, antes de ir ao fundo pra cruzar na medida. No segundo pau, Palhinha só teve o trabalho de colocar a bola fora do alcance dos zagueiros que, em cima da linha, tentavam proteger o arco portenho.
O jogo ficou ainda mais complicado para os argentinos quando, aos 33, Fillol se chocou com Palhinha e foi substituído por Landaburu. Aos 40, Palhinha recebeu lançamento de Piazza, nas costas da zaga, e ficou na cara do gol. Palhinha descreveu o lance, para a Placar:
“Eu vi que ele abriu os braços, deu uns passos para a frente e parecia que vinha para cima de mim. Mas mudou de idéia. Quando tentou voltar, eu joguei a bola por cima dele.” Com 3×0, o Cruzeiro voltou para o 2º tempo disposto a administrar o resultado, poupar energias e jogar no contra-ataque. O River, que não tinha mais nada a perder, foi pra cima tentando descontar a vantagem e, logo aos 5 minutos, Luque perdeu grande chance chutando pra fora, quando estava mano a mano com Raul.
Numa saída de bola errada da defensiva celeste, Sabella, o melhor do River na partida, dominou, passou por Vanderlei e foi derrubado na área por Darci Menezes. Pênalti, que Oscar Más converteu aos 18 minutos.
Aos 35, Palhinha fez fila na defesa argentina e lançou pra Jairzinho, que passou entre Comelles e Perfumo, driblou Landaburu e perdeu o ângulo. Mas viu a chegada de Valdo, que entrara no lugar de Piazza, e rolou a bola, que o volante só teve o trabalho de tocar pro gol vazio.
Fonte[editar]
- Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1921-2013- RIBEIRO, Henrique - Caxias do Sul-RS: Editora Belas Letras Ltda., 2014. 405 p.