Cruzeiro 3x3 Atlético-MG - 26/11/1967
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Por temporada | |||
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Por Campeonato Mineiro | |||
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No estádio Mineirão | |||
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Contra Atlético-MG | |||
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Data: domingo, 26 de novembro de 1967
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão
Árbitro: Etelvino Rodrigues
Assistente 1: Melchisedech Zanoni
Assistente 2: Gaze Aluani
Público pagante: 90.838
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: NCr$ 272.761,00 R$ 272.761 <br />Cr$ 272.761 <br />NCr$ 272.761 <br />Cz$ 272.761 <br />NCz$ 272.761 <br /> (preço médio: NCr$ 3,00 )
Cruzeiro
1. (T) Raul
2. (T) Pedro Paulo
3. (T) Viktor
4. (T) Procópio 25' (1T)
5. (T) Neco
6. (T) Piazza 30' (2T) P
7. (T) Dirceu Lopes
8. (T) Natal 16' (2T) 18' (2T)
9. (T) Evaldo
10. (T) Tostão 8' (1T) ( 12.(R) Zé Carlos )
11. (T) Hilton Oliveira
Técnico: Orlando Fantoni
Atlético-MG
1. Hélio
2. Canindé ( 12. Dilsinho )
3. Vander
4. Grapete
5. Décio Teixeira
6. Wanderley
7. Amauri
8. Buião
9. Ronaldo 39' (1T)
10. Lacy 21' (1T) 15' (2T)
11. Tião
Técnico: Fleitas Solich
Sobre o jogo[editar]
Era domingo, 26 de novembro de 1967, a capital mineira inteira parava para assistir o maior clássico da cidade, de um lado o Atlético precisava apenas da vitória para sagrar-se campeão, tendo já 5 pontos a frente do rival Cruzeiro, que precisava vencer pra respirar um pouco. Aos 8’ o Cruzeiro perdeu Tostão pra uma contusão e a coisa ficou mais difícil, como se não bastasse Procópio foi expulso aos 25’ ainda do primeiro tempo. Enquanto o bicho pegava pro lado celeste a torcida alvinegra só comemorava, e comemorou aos 15’ do segundo tempo um sonoro 3x0 que garantiria o título (o Atlético tinha 5 pontos mais que o Cruzeiro na tabela), os torcedores já provocavam com gritos de “É campeão!” quando Natal diminuiu o placar e silenciou o estádio.
Silenciou nada, em seguida Natal marcou de novo e quem começou a gritar foi a China Azul, empurrando o time pra frente porque ainda havia tempo de empatar e quem sabe até vencer. Cronômetro que passava dos 30’ quando Dirceu Lopes foi empurrado dentro da área e PÊNALTI. O ar quente de novembro sufocava os torcedores alvinegros que poderiam perder ali a chance de conquistar o título antecipadamente, também era pesado para os pulmões celestes e ansiosos, cada segundo durava semanas nos corações da torcida enquanto Piazza preparava para chut ar, e... GOOOOOL! Cruzeiro empata heroicamente marcando 3 gols em 15 minutos e ainda tinha tempo de sobra pra virar.
Bola pra cá, bola pra lá, os dois times queriam a vitória. O Atlético não vencia o Cruzeiro desde 26 de junho do ano anterior, tendo perdido desde aí duas vezes e empatado três. O Cruzeiro também precisava da vitória pra encostar no Atlético e buscar o título. Minuto a minuto o jogo ia passando baixo muita cantoria celeste.
Mas ficou nisso mesmo, mais 15 minutos de muita raça e sem gols. A torcida ia esvaziando o Mineirão quando o juiz apita uma falta para o Cruzeiro, 44’ e corre Zé Carlos pra bater, silêncio outra vez, o ar ainda mais pesado, um público de quase 91.000 pagantes assistia o espetáculo. E vem Zé Carlos, olho na barreira, olho na bola, olho no gol e manda a bomba. TRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAVE!
Quase, quase, quase. E a torcida saiu mesmo com o 3x3. Empate, aliás, que deu fôlego pro Cruzeiro levar o Tricampeonato Mineiro (para completar no ano seguinte e fechar o Tetra). Um dos maiores públicos do Mineirão, um dos maiores jogos, sem dúvida.
Fontes[editar]