Cruzeiro 2x1 Atlético-MG - 09/02/1966
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Por Campeonato Mineiro | |||
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No estádio Mineirão | |||
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Contra Atlético-MG | |||
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Data: quarta-feira, 9 de fevereiro de 1966
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão
Árbitro: Eunápio de Queiroz
Assistente 1: Moacir Tiago
Assistente 2: Affonso Ricaldoni
Público pagante: 15.713
Público Presente: 20.000
Renda Bruta: Cr$ 15.759.500,00 R$ 15.759.500 <br />Cr$ 15.759.500 <br />NCr$ 15.759.500 <br />Cz$ 15.759.500 <br />NCz$ 15.759.500 <br /> (preço médio: Cr$ 1.002,96 )
Cruzeiro
1. (T) Tonho
2. (T) Pedro Paulo
3. (T) William
4. (T) Vavá
5. (T) Neco
6. (T) Wilson Piazza
7. (T) Dirceu Lopes 14' (1T)
8. (T) Tostão
9. (T) Wilson Almeida
10. (T) Marco Antônio 36' (1T)
11. (T) Hilton Oliveira
Técnico: Aírton Moreira
Atlético-MG
1. Luizinho
2. Marcelinho
3. Wanderley Paiva
4. Elci
5. Décio Texeira
6. Américo Pampolini
7. Paulista
8. Carlos Alberto ( Henrique Frade )
9. Toninho 17' (1T)
10. Raimundinho
11. Ronaldo Drummond
Técnico: Paulo Amaral
Sobre o jogo[editar]
Pela primeira vez, o Cruzeiro jogou todo de branco no Mineirão.
O uniforme fora criado para jogos noturnos nos antigos estádios da cidade, que possuim precários sistemas de iluminação. No Mineirão, este problema não existia. Jamais se vira tanta luz em jogos noturnos em Minas.
Mas, depois da inesperada derrota para o Renascença, quem sabe a camisa branca não regulasse melhor?
O Atlético-MG jogou com um time diferente do clássico anterior devido às suspensões de vários jogadores envolvidos no conflito com o juiz e a Polícia Militar.
Américo Pampolini, centromédio experiente, contratado à Portuguesa de Desportos, e Ronaldo Drummond, ponteiro que atacava e defendia com a mesma eficiência, deram mais qualidade a um time acostumado apenas a correr e dar pontapés.
Ronaldo recebeu a penosa missão de marcar Dirceu Lopes. Paulista foi encarregado de vigiar Tostão. E Pampolini, além de administrar a defesa, tentava criar jogadas ofensivas.
Bola rolando[editar]
O 1º tempo foi sensacional. Depois da derrota para o Renascença, o Cruzeiro estava mais esperto do que nunca. E o Atlético-MG, bem postado em campo, estava mais ousado do que no clássico da baderna.
Com os times atacando muito, os goleiros Tonho e Luizinho foram os melhores em campo. Com o correr o tempo, o Cruzeiro impôs seu jogo mais refinado.
Aos 14, Dirceu Lopes recebeu a bola dentro da área e não deu tempo a seus marcadores de se aproximarem. Bateu forte para abrir a contagem. O bandeirinha Moacir Tiago levantou seu instrumento de trabalho, mas o carioca Eunápio de Queiroz, convicto, validou o lance.
Segundo o Diário da Tarde, os atleticanos cercaram o bandeira “para exigir que ele influísse na decisão do árbitro, mas ele fez um gesto como quem diz ‘isto é lá com ele’”.
A memória da lambança que haviam protagonizado no clássico anterior, fez os alvinegros voltarem ao jogo, ao invés de bater no juiz. Boa idéia. Aos 17, Ronaldo cruzou, William e Vavá se atrapalharam, Toninho ficou com o gol à disposição e não desperdiçou: 1×1.
A partir daí, Piazza se incumbiu de marcar Toninho. E caprichou tanto que chegou a acompanhar o atacante atleticano à beira do campo pra ouvir melhor as instruções que Paulo Amaral passava a seu pupilo.
No ataque, Tostão conseguira se desvencilhar da forte marcação e começava a ditar cátedra. Foi ele quem construiu o gol da vitória. Aos 36, avançou pela esquerda e serviu Marco Antônio que só teve o trabalho de empurrar o balão pras redes.
O 2º tempo do Atlético não foi tão bom quanto a etapa inicial. Sua maior motivação era impedir o título cruzeirense. Se vencesse, o América entraria no páreo. Com adesvantagem no placar, metade do entusiasmo alvinegro virou fumaça.
De olho no título atacou sem parar e perdeu vários gols. No dia seguinte a manchete do Diário da Tarde contava o essencial do jogo: “Vitória sobre o Atlético assegura praticamente o título de 65 ao Cruzeiro”. [1]
Referências[editar]
- ↑ Antigo Blog Páginas Heróicas Digitais