Cruzeiro 2x0 River Plate - 21/10/1992
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Por Supercopa Libertadores | |||
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No estádio Mineirão | |||
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Contra River Plate | |||
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Data: quarta-feira, 21 de outubro de 1992 às 21:30
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão
Árbitro: Juan Francisco Escobar
Assistente 1: Carlos Maciel
Assistente 2: Felix R. Benegas
Público pagante: 66.090
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: Cr$ 1.036.670.000,00 R$ 1.036.670.000 <br />Cr$ 1.036.670.000 <br />NCr$ 1.036.670.000 <br />Cz$ 1.036.670.000 <br />NCz$ 1.036.670.000 <br /> (preço médio: Cr$ 15.685,73 )
Cruzeiro
1. (T) Paulo César Borges
2. (T) Paulo Roberto 29' (1T)
4. (T) Célio Lúcio
3. (T) Luizinho
6. (T) Nonato
8. (T) Douglas
10. (T) Boiadeiro
9. (T) Betinho 15' (2T) ( 11.(R) Roberto Gaúcho )
17. (T) Luís Fernando Flores
7. (T) Renato Gaúcho 9' (2T) ( 17.(R) Cleison )
16. (T) Édson
Técnico: Jair Pereira
River Plate
1. Ángel Comizzo
13. Alfonso Domínguez
2. Fernando Cáceres
6. Jorge Balbis
16. Diego Cocca 20' (2T)
8. Gustavo Zapata
5. Leonardo Astrada 31' (1T)
14. Hernán Díaz
10. Rubén da Silva 1'(2T) ( 20. Walter Silvani )
7. Ramón Medina Bello
9. Ramón Díaz ( 15. Javier Claut 37'(1T) )
Técnico: Daniel Passarella
Cruzeiro
12. Gilberto
22. Adilson
21. Rogério Lage
River Plate
12. Adolfo Zeoli
11. Julio César Toresani
21. Jorge Vásquez
Uniforme do jogo[editar]
Pré-Jogo[editar]
Após superar o Atletico Nacional, da Colômbia, o próximo adversário do Cruzeiro foi o River Plate, que havia eliminado o Argentinos Juniors, pela chave quatro, com duas vitórias por 2 a 1 e 3 a 0. Os "Millonarios" ostentavam o título de campeão argentino de 1991 e, no atual campeonato, figuravam na vice-liderança. Avisaram que não estavam priorizando nenhuma das duas competições, ou seja, queriam ganhar as duas. Mais do que isso pretendiam vingar a perda do título da Supercopa de 1991, que ainda não haviam digerido. Pela qualidade das duas equipes, o confronto foi encarado como uma final antecipada.
Assim como o Cruzeiro, o plantel do River estava bem modificado em relação ao que disputou a Supercopa do ano anterior com as saídas de Borelli, Gordillo, Rivarola, Higuaín e Carlos Enrique, mas ainda assim mantinha um grupo de selecionáveis. Cinco atletas haviam participado da seleção argentina campeã da Copa America de 1991: Basualdo, Astrada, Zapata, Medina Bello e Altamirano. Este último foi contratado como reforço para a temporada, junto ao Independiente. Mas, no primeiro confronto, contra o Cruzeiro, no Mineirão, dois deles não puderam participar: os laterais Basualdo e Altamirano. Ambos estavam servindo a Seleção Argentina na Copa Rei Fahd, na Arábia Saudita. A competição foi a precursora da atual Copa das Confederações.
O jogo[editar]
Primeiro Tempo[editar]
Para primeiro jogo, o treinador Jair Pereira ressaltou que o Cruzeiro partiria para o abafa e que o objetivo era decidir a partida nos primeiros minutos. Prometia um meio de campo flutuante, sem nenhum jogador do setor guardando posição. A diretoria prometeu uma premiação de US$ 1,5 mil (Cr$ 12 milhões) para cada jogador pela classificação. Renato Gaúcho que era o único do grupo que fazia parte da Seleção Brasileira, não temia uma marcação especial dos argentinos. “Não vai adiantar. Na fase em que estou dá impressão que faço aniversário todos os dias. O pessoal vive me abraçando”, brincou se referindo a série de gols que vinha marcando nas partidas pela Supercopa e pelo Estadual.
O meio-campista Zapata, assim que chegou a Belo Horizonte, declarou: “o River não vai mudar a sua forma de jogar. Vamos fazer o de costume quando atuamos como visitante. Faremos pressão em todo o campo, esperando o adversário lá atrás, para tentar surpreender nos contra ataques”.
Os argentinos estavam preocupados com o forte calor na cidade, mas uma chuva no início da noite amenizou o clima. No primeiro tempo, o Cruzeiro teve dificuldades para superar a marcação do River. A primeira chance surgiu aos 10 minutos, quando Luiz Fernando quase abriu o marcador. Logo, o Cruzeiro descobriu que as tabelas rápidas eram a melhor forma de superar a marcação adversária. E foi numa delas entre Luiz Fernando e Betinho, aos 29 minutos, que Renato Gaúcho foi lançado na área e derrubado por Astrada. O pênalti foi marcado e o lateral direito Paulo Roberto converteu sacudindo a nação cruzeirense no Mineirão.
No lance do pênalti, Renato Gaúcho sofreu um estiramento na panturrilha, mas permaneceu em campo. O gol desequilibrou o time do River, que passou a apelar para faltas violentas. Aos 31 minutos, Astrada foi expulso ao atingir Luizinho.
Aos 37 minutos, o River perdeu o seu atacante Ramón Diaz. Ele chocou-se de cabeça com o volante Douglas. Sentiu tonturas e foi levado para o Hospital Felício Rocho com suspeita de traumatismo craniano. Três minutos depois, os argentinos tiveram o melhor momento no jogo, quando acertaram a trave defendida por Paulo César.
Segundo Tempo[editar]
No intervalo, Passarela trocou o meia Da Silva pelo atacante Silvani. A modificação deu mais ímpeto ao River, que mesmo com um jogador a menos se arriscou mais ao ataque. Aos 9 minutos, Renato Gaúcho não suportou as dores e saiu para a entrada de Cleison. A modificação tornou o time mais lento e o River equilibrou o jogo.
O panorama mudou com a saída de Betinho para a entrada de Roberto Gaúcho, aos 15 minutos. O ponteiro Édson foi deslocado para o meio de campo. Roberto Gaúcho incendiou o jogo. Criou três chances seguidas. Na primeira acertou a trave, na segunda o goleiro Comizzo salvou um gol certo e na terceira, o zagueiro Cocca tentou desviar uma cabeceio do ponteiro cruzeirense e mandou a bola contra o próprio gol. O Cruzeiro ainda criou mais chances para ampliar, mas o jogo terminou com a vitória estrelada por 2 a 0.
Fontes[editar]
- Blog Almanaque do Cruzeiro (desativado)
- Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1921-2013- RIBEIRO, Henrique - Caxias do Sul-RS: Editora Belas Letras Ltda., 2014. 405