Estádio Barro Preto
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Foto aérea do bairro do Barro Preto. | ||
Números do Cruzeiro Masculino no Barro Preto | ||
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Número de jogos | 444 | |
Vitórias do Cruzeiro | 268 | |
Empates | 90 | |
Derrotas | 86 | |
Saldo de vitórias | 182 | |
Gols do Cruzeiro | 1233 | |
Gols dos adversários | 643 | |
Saldo de gols do Cruzeiro | 590 | |
Primeiro jogo do Cruzeiro | ||
Palestra Itália 3x3 Flamengo - 23/09/1923 | ||
Último jogo considerado | ||
Cruzeiro 1x1 Villa Nova-MG - 09/04/1970 | ||
Números do Cruzeiro Feminino | ||
Número de jogos | 0 | |
Vitórias do Cruzeiro | 0 | |
Empates | 0 | |
Derrotas | 0 | |
Saldo de vitórias | 0 | |
Gols do Cruzeiro | 0 | |
Gols dos adversários | 0 | |
Saldo de gols do Cruzeiro | 0 | |
Primeiro jogo do Cruzeiro | ||
Não atuou ainda | ||
Último jogo considerado | ||
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O Estádio Barro Preto, também chamado de Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira ou Estádio JK, foi o primeiro estádio do Cruzeiro que, até então, treinava e mandava seus jogos no Prado Mineiro.
O estádio, entre outro jogos importantes, sediou: a maior goleada da história do clube, Cruzeiro 14 x 0 Alves Nogueira; o jogo do título do Campeonato da Cidade 1929, Palestra Itália 5 x 2 Atlético-MG; e, o jogo do título do Campeonato Mineiro 1959[1], Cruzeiro 3 x 1 Democrata-SL.
Títulos Conquistados no Estádio[editar]
Nota: o Campeonato da Cidade 1926, organizado pela AMET, pode ter sido conquistado no estádio, mas não há muitas informações sobre o torneio.
História[editar]
Ver também: História do Cruzeiro Esporte Clube
Primeira fase: 1922 - 1928[editar]
O Barro Preto entrou na história do Clube em fins de 1922, quando a diretoria adquiriu com recursos próprios um terreno no bairro para a construção do futuro estádio. O Cruzeiro foi o único Clube da capital que não solicitou ajuda as autoridades do município e do Estado para aquisição de terreno para a construção do seu estádio, ao contrário de América-MG, Atlético-MG e Sete de Setembro que foram agraciados pelo poder público.
No mesmo período o América havia dado início a construção do seu campo que foi inaugurado oficialmente em 6 de maio de 1923 num rodada dupla. Na preliminar Cruzeiro e Atlético empataram em um gol e na partida principal o América foi goleado impiedosamente pelo América do Rio por 5 a 1.
Como as obras do Barro Preto já estavam adiantadas a Federação Mineira solicitou aos dois clubes a cessão de seus campos para sediar as partidas do Campeonato. Assim o estádio do Barro Preto foi utilizado para partidas oficiais antes mesmo de ficar pronto. Em 10 de junho de 1923, recebeu o confronto entre Atlético e Luzitano pela 1ª rodada do Campeonato de Belo Horizonte, que terminou empatado em 2 a 2. Andrade marcou os dois gols do Atlético e Fluminense e Piancastelli fizeram os do Luzitano. Por causa da tabela do Campeonato, o Cruzeiro somente estreou oficialmente em seu próprio estádio em 1 de julho com uma goleada de 6 a 2 sobre o Palmeiras, do bairro de Santa Efigênia.
A inauguração oficial foi marcada para setembro para coincidir com as festas comemorativas da unificação da Itália, e o Clube organizou uma verdadeira festa nacional. O Flamengo, campeão carioca, foi convidado para o jogo inaugural e os campeões sulamericanos de 1922 pela Seleção Brasileira, Heitor e Bianco, do Palmeiras, mais Friedenreich, do Paulistano para uma homenagem onde receberam medalhas de ouro. Os jogadores de descendência italiana de maior destaque no futebol paulista, Bianco, Gasparini, Fabi, Loschiavo, Severino e Heitor, que eram sócios honorários do Cruzeiro também foram convidados e marcaram presença na festa de inauguração do estádio.
Segunda fase: 1945 - 1965[editar]
O amistoso entre Cruzeiro e Botafogo em 1 de julho de 1945 reinaugurou o estádio do Barro Preto. A partida terminou empatada em 1 a 1 e foi recorde de renda em Minas Gerais.
Em 1945 o clube reconstruiu o velho estadinho e o modernizou. As arquibancadas de madeira das gerais que abrangiam a Av. Augusto de Lima, rua Ouro Preto e parte da rua dos Guajajaras foram substituídas por 11 degraus de cimento e passou a ter uma extensão de 250 metros. As arquibancadas de madeira das sociais destinadas aos sócios torcedores na rua Guajajaras foram substituídas por cimento e área foi ampliada.
A capacidade de público do estádio passou para 15 mil torcedores tornando-se o maior de Belo Horizonte até a construção do Estádio Independência construído para sediar os jogos da Copa do Mundo, em 1950, com capacidade para 25 mil.
A lateral do campo foi deslocada para a avenida augusto de lima e no espaço que sobrou no quarteirão foram construídas a piscina e as quadras de basquete e vôlei.
Uma particularidade era a drenagem do campo, que passou a ter do centro até suas extremidades um declive de 35 centímetros para garantir o rápido escoamento da água, em dia de chuva. O declive era imperceptível, porque ele chegava a zero nos extremos, de maneira proporcional.
O empreendimento foi bancado pelo próprio clube, através da campanha dos Mil sócios junto aos torcedores, onde cada um contribuiu com mil cruzeiros.
A reinauguração do Estádio aconteceu no dia 1 de julho de 1945, num amistoso contra o Botafogo, do Rio, e que serviu como tira teima entre dois dos maiores atacantes do futebol brasileiro: Heleno de Freitas, pelo Botafogo, e o internacional, Niginho, pelo Cruzeiro. O amistoso bateu o recorde de renda de todos os jogos de futebol disputados no estado superando a do amistoso entre Atlético e Corinthians, em 24 de junho de 1945, que foi de Cr$ 61.300,00.
O Estádio também recebeu postes de iluminação para sediar jogos noturnos. O projeto das reformas teve um custo de 100 mil cruzeiros. O Flamengo foi convidado para inaugurar os refletores do estádio, em 14 de novembro. Mas o mau tempo impediu o avião do Flamengo aterrisar no campo de aviação de Lagoa Santa. No entanto, não vieram mesmo devido aos desfalques. Na ocasião, o América, do Rio, veio substituir o Flamengo para fazer a primeira partida noturna do Estádio.
Com o estádio, o Cruzeiro deu início a era do Barro Preto. Clube e Bairro ficaram ligados intimamente até a década de 1960, quando a Pampulha dividiu essa identidade com as construções da Toca da Raposa, da sede campestre e a inauguração do Mineirão.
Com a construção do Mineirão, em 1965, terminou, definitivamente, o ciclo do Estádio JK na vida do Cruzeiro. O clube que já utilizava o estádio Independência para as partidas de maior público passou a usar o Barro Preto para treinos e jogos do time B e da categoria de base.
Em 1973, com a construção do centro de treinamento do clube, a Toca da Raposa, que era considerado um dos mais modernos e bem equipados do mundo e que chegou a ser a concentração oficial da Seleção Brasileira, o Barro Preto passou a ser definitivamente o campo das categorias de base do clube.
A última partida do Cruzeiro no estádio aconteceu num amistoso contra o Democrata-SL, em 14 de fevereiro de 1965.
Em 1986, o campo e parte do estádio foram desmanchados e substituidos por piscinas e quadras dando espaço a um clube campestre, que serviu para aumentar o quadro de sócios do clube tornando-se mais uma fonte de renda. Os treinos das categorias de base foram transferidos para a Toca da Raposa.
Estatísticas[editar]
O estádio Barro Preto sediou 478 jogos da raposa, foram 295 vitórias, 96 empates e 97 derrotas. Foram 1.370 gols a favor e 718 contra.
Ali foram conquistados 9 Campeonatos Belo Horizonte (1926, 1928, 1929, 1930, 1940, 1943, 1944, 1945, 1956) e três Campeonatos Mineiro (1959, 1960 e 1961).
O maior artilheiro em uma só partida do estádio foi o atacante Ninão que marcou 10 gols na goleada por 14x0 contra o Alves Nogueira, pelo Campeonato da Cidade.
- Primeiro jogo inter-municipal: 21/09/1924 - Palestra Itália 3 x 3 Industrial-JF
- Primeiro jogo inter-estadual: 23/09/1923 - Palestra Itália 3 x 3 Flamengo
- Primeiro jogo internacional: 03/01/1946 - Cruzeiro 2 x 2 Libertad
Adversários[editar]
O Cruzeiro enfrentou 69 adversários sendo 62 clubes e 7 selecionados.
Equipes que mais enfrentou no Barro Preto[editar]
Time | Jogos | Vitórias | Derrotas |
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América-MG | 70 | 36 | 16 |
Atlético-MG | 61 | 24 | 24 |
Villa Nova-MG | 50 | 28 | 12 |
Sete de Setembro | 47 | 34 | 5 |
Siderúrgica | 41 | 21 | 11 |
Todos os adversários[editar]
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Todos os jogos[editar]
Década 1920[editar]
Década 1930[editar]
Década 1940[editar]
Década 1950[editar]
Década 1960[editar]
Fontes[editar]
- Blog do Cruzeiro
- Livro Almanaque do Cruzeiro
Referências[editar]
- ↑ Hilton Oliveira, o futebol em velocidade máxima… Cruzeiro.org